Transporte a granel em terminais de cargas: eficiência e confiabilidade com Bombas Centrífugas UND e Sopradores Roots OMEL

Nos terminais de carga, a janela operacional é valiosa. Cada hora poupada no carregamento ou descarregamento de um navio, na transferência entre tanques ou no envio ao modal de saída ou de entrada resulta em menores custos logísticos e maior disponibilidade da infraestrutura.

Para alcançar esse desempenho, engenharia e operação precisam de equipamentos robustos, estáveis, previsíveis e fáceis de manter.

É esse o foco da OMEL: soluções em bombas centrífugas para o transporte de líquidos e sopradores Roots para o transporte pneumático de sólidos, dois pilares que, quando corretamente especificados e integrados, sustentam fluxos contínuos do cais ao armazém ou tanques.

Como os terminais de carga operam — visão integrada

A jornada de um granel, líquido ou sólido nos terminais de carga, segue um roteiro semelhante: chegada por navio, vagão ou caminhão, armazenamento intermediário (tanques ou silos), movimentações internas e, por fim, expedição para outro modal. Em caso de exportação, o caminho é inverso.

A diferença está no meio de transporte dentro do terminal.

Terminais de carga marítimos
  • Granéis líquidos: movimentados por bombas, que devem responder com estabilidade, suportar variações de pressão e trabalhar em conjunto com válvulas, instrumentos e sistemas de segurança.
  • Granéis sólidos: transportados pneumaticamente. O soprador Roots injeta ar na linha, o produto é dosado por válvula rotativa, segue pela tubulação e é separado em ciclones ou filtros, retornando limpo para a atmosfera.

Em ambos os casos, eficiência depende de equilíbrio hidráulico ou pneumático, confiabilidade mecânica e integração com os sistemas de automação.

Granéis líquidos: o papel das bombas centrífugas OMEL

Nos terminais de carga de granéis líquidos, cada etapa da movimentação exige confiabilidade. O ciclo começa com a descarga do navio, quando o produto é transferido para os tanques de armazenamento do terminal.

Nesse momento, a bomba centrífuga precisa garantir grandes vazões e altura manométrica suficiente para vencer as perdas ao longo da linha, sempre respeitando margens adequadas de NPSH para evitar cavitação e assegurando uma selagem compatível com as características do fluido, como é o caso das bombas UND da OMEL que podem chegar a vazões de até 1700 m3/h e 210 m de altura manométrica.

Figura: 01 – Bomba Centrífuga ANSI/ASME – UND/lll

Um esquema simplificado pode ser observado a seguir:

É comum também nessas operações a presença de bombas não-afogadas1 o que traz uma preocupação adicional em relação ao escorvamento2. Para isso, pode ser necessário a instalação de válvulas de pé ou de um sistema auxiliar de escorva com bomba de vácuo.

Para evitar isso, a OMEL desenvolveu a bomba centrífuga autoescorvante UND-AE que é capaz de promover o escorvamento da linha de sucção sem a necessidade de equipamentos ou dispositivos adicionais. Esta com capacidade para até 350 m3/h e altura manométrica de 120 m, muito indicada para descarregamento de tanques de caminhões ou vagões ferroviários, pois a carcaça armazena certa quantidade de líquido, podendo operar um certo tempo após esvaziamento do tanque, sem queimar o selo mecânico.

Figura 2: Bomba Centrífuga Autoescorvante – UND/III-AE

Uma vez na tancagem, as bombas continuam desempenhando papel decisivo. Movimentos internos de transferência entre tanques são comuns para equalizar volumes, realizar mistura, homogeneizar o produto ou atender a demandas operacionais.

Nesses casos, a estabilidade do ponto de operação e a facilidade de controle são diferenciais importantes, evitando variações indesejadas de pressão e garantindo que o sistema responda de forma previsível.

Quando chega o momento do carregamento para expedição, seja em caminhões, vagões ou novamente em navios, a repetibilidade da operação torna-se essencial.

A bomba deve atingir rapidamente o regime de trabalho, de forma a encurtar ciclos e aumentar a produtividade. Esse comportamento está diretamente ligado ao projeto hidráulico das bombas centrífugas da OMEL, cuja curva estável permite resposta rápida e confiável.

Não poderíamos deixar de citar a bomba centrífuga UND InLine, que é uma bomba vertical que instalada de forma semelhante a uma válvula. Está com capacidade para até 350 m3/h e 210 m de altura manométrica confere confiabilidade e robustez, marcas registradas da OMEL, com a redução significativa de espaço ocupado, ideal para locais onde é necessário otimizar o uso do espaço.

Figura: 03 Bomba Centrífuga In-Line – UND/II-IL

A seleção de uma bomba UND leva em conta propriedades do líquido, como densidade, viscosidade e temperatura, além da compatibilidade dos materiais com o produto e das exigências de confiabilidade da aplicação. Arranjos de selagem corretos evitam emissões fugitivas.

Mancais superdimensionados garantem longos períodos de operação, já o monitoramento de vibração e temperatura contribuem para a manutenção preditiva e paradas planejadas.

Outro aspecto frequente na operação de tanques é a recirculação. Seja para polimento do produto, para homogeneização ou para controle térmico, a bomba precisa trabalhar de forma contínua, sem instabilidades.

Nesse ponto, a UND se destaca por combinar curvas hidráulicas estáveis com uma construção robusta que facilita o acesso a componentes críticos, reduzindo o MTTR e padronizando sobressalentes.

Ao integrar-se a instrumentos de campo, como transmissores de pressão, medidores de vazão, válvulas de bloqueio e sistemas de proteção contra funcionamento a seco, a bomba centrífuga da OMEL garante uma operação segura, previsível e em conformidade com os padrões de segurança do terminal.

Granéis sólidos: o papel dos sopradores Roots da OMEL

Nos terminais de carga de granéis sólidos, a operação é marcada pelo transporte pneumático, que substitui o bombeamento hidráulico usado em líquidos. No caso de navios, equipamentos de sucção são utilizados para sugar o pó de dentro do porão do navio. Estes sistemas contam com sopradores roots da OMEL

Um esquema simplificado relacionado a exportação é ilustrado a seguir

Quando o navio atraca no cais ou quando caminhões e vagões chegam ao terminal, o produto é descarregado e conduzido até os sistemas de estocagem, geralmente silos ou armazéns.

Nesse trajeto, o papel central é desempenhado pelos sopradores Roots da OMEL com capacidade para até 25.000 m3/h. Eles são responsáveis por injetar o ar limpo isento de óleo que fornece energia de movimento ao material sólido ao longo da tubulação.

Figura 04: Soprador Tipo “Roots” SR/OF (Oil Free) e SRT/OF (Oil Free)

O processo começa na admissão de ar limpo, que é comprimido e enviado ao sistema. O produto, dosado por alimentadores como válvulas rotativas, entra na corrente de ar e passa a ser transportado em suspensão.

Ao final da linha, ciclones ou filtros fazem a separação entre ar e sólido, devolvendo o ar limpo à atmosfera e conduzindo o material ao destino, seja um silo, um armazém ou diretamente o ponto de expedição.

Para que esse sistema opere de maneira confiável, é fundamental que o soprador mantenha o equilíbrio entre pressão e vazão de ar. Se a pressão for excessiva, a temperatura de descarga aumenta, comprometendo o desempenho e a vida útil do equipamento.

Se a vazão for insuficiente, o arraste do sólido fica prejudicado, provocando acúmulos indesejados na linha. Por isso, a engenharia busca sempre trabalhar na janela ótima do equipamento, garantindo transporte contínuo e eficiente.

As características construtivas dos sopradores Roots da OMEL, como robustez mecânica, estabilidade volumétrica e simplicidade de projeto, tornam a operação previsível mesmo em condições de uso intensivo.

Além disso, a incorporação de dispositivos de proteção contra sobrepressão e sobretemperatura, junto com sistemas de atenuação acústica, assegura um funcionamento seguro e adequado ao ambiente do terminal.

A manutenção programada de componentes como filtros, silenciadores e sistemas de lubrificação contribui para preservar o rendimento ao longo do tempo, evitando quedas de desempenho e reduzindo paradas não programadas.

Em aplicações típicas, como a transferência de açúcar bruto do cais para o silo ou o deslocamento de grãos entre silos e linhas de expedição, essa previsibilidade é decisiva para manter a cadência da operação e cumprir as metas logísticas do terminal.

Com mais de 70 anos de experiência no desenvolvimento de soluções em movimentação de fluidos e sólidos, a OMEL entrega nos sopradores Roots todas as características esperadas em um equipamento para serviço pesado: confiabilidade, repetibilidade e disponibilidade operacional, qualidades que explicam por que muitas dessas máquinas continuam em operação mesmo após décadas de uso.

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1 Bombas não-afogadas são aquelas posicionadas acima do nível do reservatório. Nessas condições, a pressão dentro da tubulação a partir do nível do reservatório é negativa ou de vácuo.

2 Escorvamento é a ação de remover o ar da instalação. No caso de bombas centrífugas convencionais, caso não seja feita adequadamente, a bomba não irá funcionar ou a bomba corre o risco de trabalhar a seco, o que é potencialmente danoso ao equipamento, gerando quebras prematuras.

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