Fluidos Newtonianos e não Newtonianos e seu Bombeamento

Você conhece a diferença entre os fluidos newtonianos e não newtonianos e como cada um deles é bombeado? Confira o nosso artigo técnico!

1- Conceitos Gerais:

A análise do comportamento dos fluidos, quanto aos esforços necessários à sua movimentação, bem como, à aderência entre suas camadas internas durante um escoamento, envolve equações complexas tratadas na Mecânica dos Fluidos.

Como resultado desta análise, esta disciplina divide os fluidos em duas grandes classes:

  • Fluidos Newtonianos: onde a taxa de deformação é proporcional aos efeitos da força aplicada para sua movimentação.
  • Fluidos não Newtonianos: cuja taxa de deformação não é proporcional a estes efeitos (forças de cisalhamento entre camadas).

2- Características dos Fluidos:

Tomando como premissas os conceitos anteriores, podemos exemplificar alguns fluidos, cujo comportamento é newtoniano e alguns fluidos de comportamento não newtoniano.

Inicialmente, vamos falar um pouco sobre a viscosidade. Ela é uma grandeza que, de certa maneira, mede a relação de proporcionalidade entre os esforços aplicados a um fluido e a resposta da taxa de deformação resultante, durante seu escoamento. Pode-se pensar, de forma mais simples, como uma deformação do fluido que está resistindo ao seu movimento.

Da esquerda para a direita, o fluido menos denso cai mais rápido no recipiente, e o mais denso leva mais tempo para cair no recipiente.

Os Fluidos Newtonianos apresentam taxas de deformação proporcionais aos esforços para movimentação do fluido, ou seja, sua viscosidade é constante para uma determinada temperatura e independe da natureza dos esforços aplicados.

Exemplo de Fluido Newtoniano - Água

Podemos citar, por exemplo, alguns fluidos com este comportamento, tais como a água, óleos lubrificantes, soluções fracas, amônia líquida, gasolina e a maioria dos derivados leves do petróleo.

Os Fluidos não Newtonianos apresentam taxas de deformação não proporcionais aos esforços realizados para a movimentação do fluido, ou seja, sua viscosidade não é constante para uma determinada temperatura e depende da natureza dos esforços aplicados.

Exemplo de Fluido Não Newtoniano - Solução com amido e água

Como exemplo podemos citar alguns fluidos com este comportamento, tais como o Amido de milho em solução, sangue, pastas, graxas, lamas, colas e alguns plásticos em solução.

3- Gráfico Representativo do Comportamento dos Fluidos

Logo abaixo, está representado um gráfico que resume o comportamento dos Fluidos Newtonianos e dos Fluidos não Newtonianos. No eixo das abcissas, indica-se um parâmetro que está relacionado à deformação das camadas do fluido (similar a um paralelepípedo deformando-se lateralmente, fixo na base) e no eixo das ordenadas, os esforços resultantes entre as várias camadas de fluido, em um escoamento.

Como se pode observar nos fluidos Newtonianos, a taxa de tensão da deformação é constante, portanto, a viscosidade para uma dada temperatura é constante. Porém nos fluidos não newtonianos, esta taxa varia com os esforços. Já no “plástico de Bingham”, o escoamento só começa após uma determinada tensão entre as camadas, portanto, não é um fluido Newtoniano.

Gráfico do Comportamento dos Fluidos Sujeitos a Esforços Externos

4- Equipamentos indicados para o bombeamento de fluidos Newtonianos e não Newtonianos

Geralmente o bombeamento de fluidos Newtonianos é feito através de bombas centrífugas, pois a viscosidade é função apenas da temperatura. Já existem gráficos de correção da variação da viscosidade com o tipo de fluido e temperatura para este tipo de bomba, pois o comportamento do fluido é previsível. O Hydraulic Institute já publicou gráficos para correção das vazões, alturas manométricas e eficiência das bombas centrífugas, quando a viscosidade varia em função da natureza do fluido.

Já para o bombeamento de fluidos não newtonianos, as bombas de deslocamento positivo (como por exemplo a bomba peristáltica), são capazes de recalcar uma grande variedade de fluidos com essas características, tais como lamas, pastas, tintas, esgoto bruto, graxas, xaropes concentrados, geleias e uma infinidade de fluidos problemáticos, quanto à variação de sua viscosidade.

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